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Mulheres Mangakas: A Revolução Silenciosa que Molda o Futuro dos Quadrinhos Japoneses.

Quando se pensa em mangá, é comum que nomes como Osamu Tezuka ou Akira Toriyama venham à mente. No entanto, uma transformação significativa tem ocorrido na indústria dos quadrinhos japoneses, impulsionada por uma onda de criadoras talentosas. 

Uma pesquisa de 2024 da ManNavi Manga Award revelou um dado surpreendente: 80% dos mangakás em atividade no Japão são mulheres mangakás. 

Este número representa um marco histórico, evidenciando uma mudança profunda em um setor que, por muito tempo, foi percebido como predominantemente masculino. 

A influência dessas mulheres mangakás não se restringe aos gêneros shoujo e josei, tradicionalmente associados ao público feminino; elas também estão conquistando espaço e reconhecimento em shonen e seinen, desafiando estereótipos e moldando o futuro da cultura pop.

1. A História por Trás dos Traços: A Ascensão das Mulheres mangakás.

1.1. Do Anonimato ao Reconhecimento: Uma Jornada de Empoderamento:

Apesar do crescente número de mulheres mangakás na indústria, a jornada para o reconhecimento nem sempre foi fácil. 

No início, muitas autoras enfrentaram obstáculos significativos, incluindo a necessidade de adotar pseudônimos e manter o anonimato.


20-Paru-Itagaki Mulheres Mangakas: A Revolução Silenciosa que Molda o Futuro dos Quadrinhos Japoneses.

Paru Itagaki, a criadora da aclamada série Beastars, é um exemplo notável dessa prática, utilizando uma cabeça de galinha em suas aparições públicas para ocultar sua identidade.

Essa escolha reflete um ambiente onde a identidade de gênero feminina poderia, em certos contextos, influenciar a recepção de sua obra.


Além disso, existia uma pressão considerável por parte das editoras para que as mulheres mangakas se concentrassem em temas considerados “femininos”, como o romance escolar. 

Mesmo quando autoras desejavam explorar outros gêneros, como ação ou ficção científica, eram frequentemente direcionadas para narrativas mais convencionais.


Akiko Higashimura, a criadora de Princess Jellyfish, compartilhou sua experiência ao ouvir a afirmação de que “mulheres não entendem ação”, ilustrando o preconceito de gênero que algumas enfrentaram.

Curiosamente, algumas fontes sugerem que a porcentagem de mulheres mangakas poderia ser ainda maior. Um artigo da Game Rant afirma que mais de 70% de todos os mangakás são mulheres.

No entanto, um tópico de discussão no Reddit levanta questionamentos sobre a metodologia de estudos que apontam para números tão elevados, citando amostras pequenas e a possibilidade de autodeclaração como fatores que podem comprometer a precisão desses dados.

Essa divergência de informações indica que, embora a presença feminina na indústria possa ser substancial, a obtenção de estatísticas precisas e confiáveis ainda representa um desafio.

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A questão que permanece é: quantas histórias incríveis deixaram de ser publicadas devido ao preconceito de gênero?


2. As mulheres mangakás Pioneiras: O Legado do Grupo do Ano 24.

Nos anos 70, um grupo de mulheres mangakas conhecido como Grupo do Ano 24 emergiu como uma força revolucionária na indústria, transformando o gênero shoujo.

Este grupo não oficial de artistas expandiu significativamente os temas e estilos narrativos do mangá para meninas, introduzindo complexidade psicológica, questões de gênero, política e sexualidade.

Sua influência foi tão profunda que a década de 1970 é frequentemente referida como a “idade de ouro” do shoujo mangá.

Entre os membros mais notáveis estavam Moto Hagio, Keiko Takemiya e Yumiko Oshima, juntamente com outras figuras importantes como Riyoko Ikeda e Ryoko Yamagishi.

Essas artistas ousaram explorar temas que antes eram considerados tabus no mangá para meninas, abrindo caminho para uma nova era de expressão criativa.

2.1. Keiko Takemiya e a Inovação do Shoujo:


Keiko-Takemiya Mulheres Mangakas: A Revolução Silenciosa que Molda o Futuro dos Quadrinhos Japoneses.

Keiko Takemiya destacou-se como uma das figuras centrais do Grupo do Ano 24, sendo pioneira no gênero conhecido como boys' love (shonen-ai).

Sua obra de 1976, Kaze to Ki no Uta (O Poema do Vento e das Árvores), é amplamente reconhecida como um marco, abordando relacionamentos homoafetivos com uma profundidade e sensibilidade inéditas para a época, inclusive enfrentando a censura devido a algumas de suas cenas.

Considerada uma obra-prima do drama humano, Kaze to Ki no Uta não apenas influenciou inúmeras artistas que a seguiram, mas também redefiniu o potencial narrativo do mangá shoujo.

Takemiya recebeu o prestigioso Shogakukan Manga Award em reconhecimento ao seu trabalho inovador.

Sua abordagem ousada e a exploração de temas complexos abriram novas avenidas para a expressão no mangá feminino, influenciando a forma como as histórias eram contadas e os temas que poderiam ser abordados.


2.2. Moto Hagio e a Expansão de Temas e Gêneros:

Moto-Hagio Mulheres Mangakas: A Revolução Silenciosa que Molda o Futuro dos Quadrinhos Japoneses.

Outra figura fundamental do Grupo do Ano 24 foi Moto Hagio, que é frequentemente creditada por introduzir elementos de ficção científica e dramas psicológicos no mangá shoujo.

Sua série de 1972, The Poe Clan, é um exemplo notável de sua capacidade de mesclar fantasia com profundidade emocional, inspirando inúmeras autoras que vieram depois dela.

Hagio também explorou temas como famílias disfuncionais, a estética bishonen (jovens de beleza andrógina) e a ficção científica feminista em outras obras como The Heart of Thomas e They Were Eleven.

Sua contribuição para o mangá foi reconhecida com diversos prêmios, incluindo o Asahi Prize e a Medalha de Honra do governo japonês.

Hagio é considerada uma das “mães fundadoras” do mangá shoujo moderno, expandindo o gênero para além das narrativas tradicionais e demonstrando sua versatilidade ao transitar por diversos temas e estilos.


2.3. Riyoko Ikeda e a Conquista de Novos Públicos:

Riyoko-Ikeda Mulheres Mangakas: A Revolução Silenciosa que Molda o Futuro dos Quadrinhos Japoneses.

Riyoko Ikeda também desempenhou um papel crucial na revolução do shoujo com sua obra icônica Rose of Versailles (1972).

Esta série, ambientada na França durante a Revolução Francesa, tornou-se um fenômeno social no Japão e além, sendo adaptada para diversas mídias, incluindo uma popular produção teatral pela Takarazuka Revue.

Ikeda utilizou cenários estrangeiros e explorou temas andróginos, o que contribuiu para o sucesso e o apelo de suas obras para um público amplo.

Seu trabalho foi reconhecido internacionalmente, incluindo a Ordem Nacional da Legião de Honra da França.

O impacto de Ikeda foi fundamental para elevar o mangá shoujo a um novo patamar de reconhecimento cultural, demonstrando sua capacidade de engajar leitores com narrativas históricas e personagens complexos.


2.4. Outras Figuras-Chave e Suas Contribuições:

Além de Takemiya, Hagio e Ikeda, outras artistas do Grupo do Ano 24 também deixaram um legado significativo. 

Machiko Satonaka:

Machiko Satonaka, por exemplo, ganhou um importante prêmio aos 16 anos, inspirando outras mulheres a seguirem carreira no mangá.


Machiko-Satonaka Mulheres Mangakas: A Revolução Silenciosa que Molda o Futuro dos Quadrinhos Japoneses.

Machiko Satonaka é uma renomada mangaká japonesa, nascida em Osaka em 24 de janeiro de 1948.

Ela fez sua estreia profissional aos 16 anos, enquanto ainda estava no ensino médio, com o mangá de um capítulo intitulado Pia no Shōzō (“Retrato de Pia”), publicado na revista Shōjo Friend

Por essa obra, ela recebeu o inaugural Prêmio Kodansha New Faces, sendo anunciada como uma “garota prodígio” pela equipe editorial.

Ao longo de sua carreira, Satonaka criou cerca de 500 mangás, abrangendo diversos gêneros, como comédias românticas, épicos de fantasia e dramas históricos. 

Entre suas obras mais notáveis estão Ashita Kagayaku (“Amanhã Brilhará”), que ganhou o Prêmio de Cultura de Publicação da Kodansha em 1974, e Karyūdo no Seiza (“Constelação do Caçador”), que recebeu o Prêmio de Mangá da Kodansha em 1982. 


Sua obra mais longa, Tenjō no Niji (“Arco-Íris Celestial”), retrata a vida da Imperatriz Jitō do Japão e foi serializada por mais de 30 anos.

Além de sua contribuição artística, Satonaka é uma defensora da valorização das mulheres no mangá, frequentemente desafiando estereótipos de gênero em suas histórias. 

Ela também ocupa posições de destaque, como chefe do Departamento de Artes Criativas de Personagens da Universidade de Artes de Osaka e diretora de várias organizações relacionadas ao mangá no Japão.

Machiko Satonaka continua sendo uma inspiração para mulheres que desejam seguir carreira no mangá, não apenas por suas conquistas artísticas, mas também por sua dedicação em elevar o status do mangá como forma de arte e expressão cultural.


Yumiko Ōshima:

É conhecida por popularizar o arquétipo da “garota-gato” (kemonomimi) em suas obras.

Yumiko-Oshima Mulheres Mangakas: A Revolução Silenciosa que Molda o Futuro dos Quadrinhos Japoneses.

Yumiko Ōshima é uma influente mangaká japonesa, nascida em Otawara, Tochigi, em 31 de agosto de 1947.

Ela é amplamente reconhecida como uma das principais integrantes do icônico “Grupo do Ano 24”, que revolucionou o mangá shōjo nos anos 1970. 

Sua obra mais famosa, Wata no Kuniboshi (“A Estrela de Cottonland”), publicada entre 1978 e 1987, introduziu o arquétipo da “garota-gato” (kemonomimi) através da personagem Chibi-neko, uma gatinha que acredita poder se transformar em uma menina humana.

Ōshima começou sua carreira em 1968 com o mangá Paula no Namida (“Lágrimas de Paula”), e ao longo dos anos, suas histórias abordaram temas profundos, como as ansiedades da adolescência e os desafios emocionais e físicos da transição para a vida adulta. 


Entre suas obras notáveis estão Tanjō! (“Nascimento!”) e Mimoza Yakata de Tsukamaete (“Pegue-me no Castelo de Mimoza”), que lhe rendeu o Prêmio da Associação de Cartunistas do Japão em 1973.

Além de sua inovação visual, como o uso criativo de quadros e monólogos internos, Ōshima recebeu diversos prêmios, incluindo o Prêmio de Mangá da Kodansha em 1978 por Wata no Kuniboshi e o Prêmio Cultural Osamu Tezuka em 2008 por sua série Gū-gū Datte Neko de Aru

Em 2021, ela foi homenageada como Pessoa de Mérito Cultural, consolidando seu legado na indústria do mangá.


Ryoko Yamagishi:

É creditada por criar o primeiro mangá a retratar um relacionamento lésbico, Shiroi Heya no Futari (Dois em um Quarto Branco).

Ryoko-Yamagishi Mulheres Mangakas: A Revolução Silenciosa que Molda o Futuro dos Quadrinhos Japoneses.

Ryoko Yamagishi é uma pioneira mangaká japonesa, nascida em Kamisunagawa, Hokkaido, em 24 de setembro de 1947. Ela é uma das integrantes do influente “Grupo do Ano 24”, que revolucionou o mangá shōjo nos anos 1970. 

Sua obra Shiroi Heya no Futari (“Dois em um Quarto Branco”), publicada em 1971, é amplamente reconhecida como o primeiro mangá a retratar um relacionamento lésbico.

A história se passa em um internato feminino na França e explora o romance entre duas estudantes, abordando temas de amor proibido e aceitação.

Yamagishi começou sua carreira profissional em 1969 com o mangá Left and Right, publicado na revista Ribon Comic

Ao longo de sua trajetória, ela produziu obras marcantes como Arabesque, que explora o mundo do balé russo.

E Hi Izuru Tokoro no Tenshi (“O Príncipe do Lugar do Sol Nascente”), uma narrativa histórica baseada na vida do Príncipe Shōtoku, que lhe rendeu o Prêmio de Mangá da Kodansha em 1983.

Seu estilo artístico é frequentemente associado ao movimento Art Nouveau, e suas histórias muitas vezes incorporam temas ocultos e psicológicos. Entre suas obras premiadas está Maihime Terpsichora, que ganhou o Grande Prêmio do Prêmio Cultural Osamu Tezuka em 2007.

Ryoko Yamagishi continua sendo uma figura icônica na história do mangá, não apenas por suas contribuições artísticas, mas também por sua coragem em explorar temas inovadores e desafiadores. Se quiser, posso detalhar mais sobre suas obras ou sua influência cultural!


Cada uma dessas mulheres mangakás, com seus estilos e focos temáticos distintos, contribuiu para a diversidade e a riqueza do mangá shoujo, demonstrando que a revolução liderada pelo Grupo do Ano 24 foi um esforço coletivo de mulheres talentosas com o objetivo de expandir as fronteiras da expressão nos quadrinhos.


Tabela: Pioneiras do Mangá Shoujo: O Legado do Grupo do Ano 24 e suas mulheres mangakás.

Mulheres mangakás.Ano de Nascimento (Aproximado)Obras Mais NotáveisPrincipais Temas AbordadosPrêmios ou Reconhecimentos Importantes
Keiko Takemiya1950.Kaze to Ki no Uta, Toward the Terra.Romance entre homens (shonen-ai), ficção científica, coming-of-age, racismo, homofobia.Prêmio Shogakukan Manga Award, Prêmio Seiun Award.
Moto Hagio1949The Poe Clan, The Heart of Thomas, They Were Eleven.Ficção científica, fantasia, romance entre homens (shonen-ai), drama psicológico.Prêmio Asahi Prize, Medalha de Honra do Governo Japonês.
Riyoko Ikeda1947Rose of Versailles, Orpheus no Mado.Drama histórico, romance, temas andróginos, revolução.Ordem Nacional da Legião de Honra da França, Prêmio Japan Cartoonists Association Award.
Machiko Satonaka1948Asunaro Zaka, Karyūdo no Seiza, Tenjō no Niji.Romance, drama histórico, fantasia, temas variados para shoujo e josei.Prêmio Kodansha Publishing Culture Award, Prêmio Kodansha Manga Award.
Yumiko Ōshima1947The Star of Cottonland, Banana Bread no Pudding.Fantasia, histórias sobre animais, relações humanas, comédia.Prêmio Kodansha Manga Award, Prêmio Tezuka Osamu Cultural Prize.
Ryoko Yamagishi1947Hi Izuru Tokoro no Tenshi, Maihime Terpsichora, Shiroi Heya no Futari.Ocultismo, ballet, romance entre mulheres (yuri), drama histórico.Prêmio Kodansha Manga Award, Prêmio Tezuka Osamu Cultural Prize.

3. A Nova Geração de Super mulheres mangakás: Moldando o Cenário Atual

3.1. Rumiko Takahashi – A Versatilidade que Conquistou o Mundo:


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© Rumiko Takahashi – Foto: Reprodução. Este conteúdo utiliza elementos visuais e narrativos das obras de Rumiko Takahashi, uma das mangakás mais influentes e bem-sucedidas do Japão. Suas obras incluem clássicos como Urusei Yatsura, Ranma ½, InuYasha e Maison Ikkoku, que conquistaram fãs ao redor do mundo. Todos os direitos pertencem aos seus respectivos detentores. No Brasil, suas obras são distribuídas por editoras especializadas e plataformas como a Crunchyroll.

Em épocas mais recentes, uma nova geração de mulheres mangakas alcançou reconhecimento global. Rumiko Takahashi é um nome que dispensa apresentações, com obras que cativaram milhões de leitores ao redor do mundo. 

Séries como Inuyasha, com mais de 50 milhões de cópias vendidas, Ranma ½ e Maison Ikkoku são apenas alguns exemplos de sua vasta e bem-sucedida carreira.

Takahashi recebeu inúmeros prêmios, incluindo o Grande Prêmio de Angoulême em 2019 e a Medalha de Honra do Governo Japonês em 2020, reconhecendo sua contribuição duradoura para a arte do mangá.

Sua série atual, MAO, em publicação desde 2019, demonstra sua contínua criatividade e relevância na indústria.

A capacidade de Takahashi de criar histórias envolventes que transitam entre diferentes gêneros, do humor à fantasia, e a longevidade de sua carreira atestam sua maestria em contar histórias que ressoam com um público diversificado.

3.2. Hiromu Arakawa – A Força Feminina por Trás de Obras Icônicas:


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© Hiromu Arakawa – Foto: Reprodução Este conteúdo utiliza elementos visuais e narrativos das obras de Hiromu Arakawa, incluindo o aclamado mangá Fullmetal Alchemist, além de outras obras como Silver Spoon e Hero Tales. Todos os direitos pertencem aos seus respectivos detentores. No Brasil, suas obras são distribuídas por editoras especializadas e plataformas como a Crunchyroll.

Hiromu Arakawa é outra figura proeminente na cena do mangá contemporâneo, mais conhecida pela aclamada série Fullmetal Alchemist, que vendeu mais de 80 milhões de cópias em todo o mundo.

Arakawa, que utiliza um pseudônimo masculino, conseguiu romper barreiras no gênero shonen, tradicionalmente dominado por homens, com uma narrativa complexa e personagens memoráveis.

Sua habilidade em criar um universo rico e envolvente conquistou uma vasta audiência global. Sua série mais recente, Daemons of the Shadow Realm, lançada em 2021, já alcançou um sucesso significativo em vendas, demonstrando a popularidade duradoura de Arakawa.

O reconhecimento de seu trabalho inclui prêmios como o Shogakukan Manga Award e o Tokyo Anime Award.

3.3. CLAMP – A Arte da Narrativa Complexa e Visualmente Deslumbrante:


clamp-at-anime-expo-2006-1200820-1024x700 Mulheres Mangakas: A Revolução Silenciosa que Molda o Futuro dos Quadrinhos Japoneses.
© CLAMP – Foto: Reprodução Este conteúdo utiliza elementos visuais e narrativos das obras do grupo CLAMP, formado por Nanase Ohkawa, Mokona, Tsubaki Nekoi e Satsuki Igarashi. Suas obras incluem clássicos como Cardcaptor Sakura, Magic Knight Rayearth, xxxHolic, Tsubasa: Reservoir Chronicle e Chobits, entre outros. Todos os direitos pertencem aos seus respectivos detentores. No Brasil, suas obras são distribuídas por editoras especializadas e plataformas licenciadas.

CLAMP é um coletivo de mulheres mangakas conhecido por suas narrativas complexas e seu estilo visual único. O grupo, formado por quatro artistas, é responsável por obras populares como Cardcaptor Sakura e xxxHolic, que misturam elementos de magia com profundidade emocional.

As histórias de CLAMP frequentemente exploram temas de destino, livre-arbítrio e as conexões entre diferentes mundos, atraindo uma base de fãs leais ao longo de décadas.

Em 2025, os fãs celebraram o retorno da serialização de xxxHolic: Rei após um hiato de oito anos, demonstrando o apelo duradouro de suas criações.

O legado de CLAMP na indústria do mangá é inegável, influenciando inúmeros artistas e leitores com suas narrativas intrincadas e personagens cativantes.

3.4. Jun Mochizuki – mantendo a chama acesa:


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Jun Mochizuki, nascida em Kanagawa, Japão, é uma talentosa mangaká conhecida por suas obras sombrias e envolventes. 

Ela estreou sua carreira com Crimson-Shell, uma história curta que já demonstrava seu estilo único e habilidade narrativa.

Mochizuki alcançou grande sucesso com Pandora Hearts, uma série de fantasia cheia de mistério e tragédia, publicada entre 2006 e 2015, que se tornou um clássico moderno do mangá.

Sua obra mais recente, The Case Study of Vanitas, publicada desde 2015, continua a cativar leitores com sua atmosfera gótica e narrativa intricada. 

A série ganhou uma adaptação para anime em 2021, produzida pelo renomado estúdio BONES, com 24 episódios que expandiram ainda mais seu alcance e popularidade. 

Mochizuki frequentemente incorpora elementos da literatura europeia em suas histórias, criando mundos ricos e personagens complexos que exploram temas como identidade, moralidade e relações humanas.

Jun Mochizuki é amplamente reconhecida por sua habilidade em criar narrativas profundas e visuais impressionantes, consolidando seu lugar como uma das grandes autoras contemporâneas do mangá.


3.5. Matsuri Hino – Guardando a chama do Romance:

matsuri-hino-mangaka Mulheres Mangakas: A Revolução Silenciosa que Molda o Futuro dos Quadrinhos Japoneses.

Matsuri Hino, nascida em Sapporo, Hokkaido, é uma renomada mangaká que conquistou fãs ao redor do mundo com suas histórias envolventes e arte detalhada. 

Sua obra mais famosa, Vampire Knight, publicada entre 2004 e 2013, explora temas de amor, mistério e vampiros em um cenário escolar.

Outras obras notáveis incluem MeruPuri, Shuriken and Pleats e Captive Hearts.

A série sequela de Vampire Knight, intitulada Vampire Knight: Memories, está programada para ser concluída em agosto de 2025, com o lançamento do capítulo final na edição de setembro da revista LaLa DX

O mangá também será encerrado com o lançamento do 11º volume encadernado.

Essa continuação aprofunda os eventos após a série original, explorando os desafios e as relações entre humanos e vampiros.

Hino é amplamente reconhecida por sua habilidade em criar personagens cativantes e narrativas emocionantes, consolidando seu lugar como uma das grandes autoras do mangá shōjo. 

Sua arte detalhada e histórias envolventes continuam a inspirar leitores ao redor do mundo.

Essas mulheres mangakás demonstram a vitalidade e a diversidade da contribuição feminina para a indústria do mangá contemporâneo, explorando uma variedade de gêneros e estilos que continuam a atrair e engajar leitores.



4. Desafios e Conquistas: A Persistência das Mulheres Mangakas

4.1. Superando o preconceito e as barreiras de gênero:

Apesar dos avanços significativos na representação das mulheres mangakás na indústria do mangá, desafios relacionados ao preconceito de gênero ainda persistem. 

As barreiras iniciais, como a necessidade de anonimato e a pressão por temas específicos, embora talvez menos evidentes hoje, ainda podem influenciar as oportunidades e o reconhecimento das mulheres mangakas.

A discussão sobre a representação de personagens femininas em mangás shonen e as diferentes perspectivas sobre a proporção de mangakás femininos e masculinos indicam que a igualdade plena ainda é um objetivo a ser alcançado. 

Embora algumas fontes sugiram que a maioria dos mangakás são mulheres mangakas, a persistência de relatos sobre preconceito e direcionamento de gênero demonstra que a representação numérica não garante automaticamente a equidade em termos de oportunidades criativas e reconhecimento crítico.

4.2. O impacto nas representações das mulheres mangakás e na cultura pop:

A crescente presença de mulheres mangakas teve um impacto profundo na forma como os personagens femininos são representados nos quadrinhos japoneses. 

Muitas autoras mulheres mangakas trouxeram novas perspectivas e complexidade para suas criações, desafiando estereótipos tradicionais e apresentando protagonistas femininas fortes, independentes e multifacetadas.

Essa mudança na representação não apenas ressoou com um público leitor feminino cada vez maior, mas também influenciou a cultura pop em geral, oferecendo modelos mais empoderadores e diversificados.

O sucesso de gêneros como o yuri (romance entre mulheres), que é primariamente criado e consumido por mulheres, demonstra a influência feminina na definição de narrativas e na representação de relacionamentos.

5. O Palco Digital: Pixiv, Comic Walker e a Nova Onda de Autopublicação para mulheres mangakas.

5.1. Histórias de Sucesso e a Conexão Direta com os Leitores:

A ascensão das plataformas digitais revolucionou a forma como o mangá é criado e consumido.

Sites como Pixiv e Comic Walker se tornaram espaços vitais para mulheres mangakas independentes, permitindo que elas autopublicassem seus trabalhos e alcançassem um público global diretamente, sem a necessidade de passar pelo sistema editorial tradicional.

 Pixiv é uma rede social japonesa voltada para artistas, onde eles podem compartilhar ilustrações, mangás e outros trabalhos criativos. 


O caso de  Hiroki Adachi, que usa o pseudônimo Hero, ilustrador da série Horimiya (baseada no mangá original Hori-san to Miyamura-kun de HERO), é um excelente exemplo de como plataformas como o Pixiv podem servir como trampolim para novos talentos.

A popularidade de Horimiya no Pixiv chamou a atenção de editoras, levando à publicação oficial da série pela Square Enix na revista GFantasy.

Esse caso demonstra como plataformas digitais permitem que artistas independentes alcancem um público amplo e ganhem visibilidade, muitas vezes resultando em oportunidades profissionais. 

Além disso, o sucesso de Horimiya reforça o impacto dessas plataformas na descoberta de novos talentos e na democratização do acesso ao mercado editorial.

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Outras mulheres mangakás como Akiko Higashimura utilizam plataformas como o Twitter para interagir diretamente com seus fãs, compartilhando esboços e recebendo feedback instantâneo.

Essa conexão direta com os leitores e a liberdade criativa oferecida pela autopublicação online democratizaram a indústria, proporcionando novas oportunidades para mulheres mangakas explorarem seus talentos e construírem suas carreiras de forma independente.

6. E no Brasil? Celebrando e apoiando as mulheres mangakás.

6.1. A presença em eventos e a mobilização dos fãs:

O interesse pelo mangá e anime no Brasil é crescente, e a presença de mulheres mangakas em eventos como a CCXP 2024 demonstra o reconhecimento de suas contribuições também no cenário nacional.

Embora informações detalhadas sobre a participação de outras mulheres mangakas em eventos brasileiros após 2024 não estejam amplamente disponíveis nos materiais fornecidos, a crescente popularidade da cultura pop japonesa no Brasil sugere uma presença contínua e relevante. 


Mangaká brasileira – Marina de Melo do Nascimento:

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Marina de Melo do Nascimento é uma acadêmica e mangaká brasileira que se destacou no Japão, representando o talento feminino brasileiro no mundo do mangá e da cultura japonesa. 

Nascida em São Paulo, Marina possui formação em Letras, com especialização em Português e Japonês, pela Universidade de São Paulo. 

Sua paixão pela cultura japonesa a levou a realizar intercâmbios acadêmicos no Japão, incluindo estudos na Universidade de Mie e na Universidade de Tohoku, onde aprofundou seu conhecimento sobre mangá e literatura japonesa.

Marina também se dedicou à pesquisa acadêmica, explorando temas como o papel do mangá na disseminação de ideais culturais e sociais, como o conceito de “boa esposa e mãe sábia” no Japão. 

Sua tese de mestrado na Universidade de São Paulo abordou o impacto do mangá shōjo na construção de ideais femininos.

Além disso, ela participou de projetos de tradução de mangás para o português, contribuindo para a popularização dessa forma de arte no Brasil.

No Japão, Marina ganhou reconhecimento por sua habilidade em unir elementos da cultura brasileira e japonesa em suas obras, criando narrativas que ressoam com públicos de diferentes origens. 

Sua trajetória é um exemplo inspirador de como a dedicação e o talento podem superar barreiras culturais e abrir portas em mercados internacionais.


6.2. Formas de Apoio e Reconhecimento:

O apoio dos fãs brasileiros as mulheres mangakás desempenha um papel essencial no crescimento e reconhecimento das mulheres mangakas. 


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Projetos de financiamento coletivo, como o de Magilumiere, destacam como o crowdfunding pode ser uma ferramenta poderosa para artistas independentes e seus projetos criativos. 

Além disso, seguir artistas nas redes sociais para acompanhar seus tutoriais, como os oferecidos por Marimo Ragawa, compartilhar obras menos conhecidas e participar de eventos independentes, como a Feira MangaNEXT.

São formas valiosas de incentivar e celebrar o trabalho dessas criadoras.

A mangaká brasileira LISSA:

A mangaká brasileira LISSA também explorou o crowdfunding para financiar seu projeto Lady-Bird Begins, evidenciando o grande potencial dessa estratégia para impulsionar artistas nacionais. 

Reconhecida por seu talento e dedicação, LISSA conquistou admiradores por sua obra única e inspiradora.

Vale destacar que o cenário de mangakás brasileiros está em plena ascensão, com diversos artistas independentes produzindo histórias incríveis e inovadoras, que contribuem significativamente para o enriquecimento da cultura mangá.



Marimo Ragawa:

Marimo Ragawa é uma renomada mulher mangaká japonesa, nascida em Hachinohe, na província de Aomori, Japão.

Desde muito jovem, ela demonstrou talento e paixão pelo mangá, começando a enviar suas obras para revistas ainda aos 12 anos de idade.

Após anos de dedicação, Ragawa estreou oficialmente em 1990 com o mangá Time Limit, publicado na revista Hana to Yume.

Ela é amplamente conhecida por suas obras marcantes, como Baby & Me (Aka-chan to Boku), que aborda a relação emocional entre um jovem garoto e seu irmão mais novo após a perda de sua mãe, e New York New York, uma história ousada e sensível que explora temas LGBTQIA+ em um contexto realista e tocante.

Além disso, sua obra Those Snow White Notes (Mashiro no Oto), que gira em torno do mundo do shamisen, um instrumento musical tradicional japonês, também recebeu grande aclamação e foi adaptada para anime.

Ragawa conquistou prêmios importantes ao longo de sua carreira, incluindo o Shogakukan Manga Award em 1995 por Baby & Me e o Kodansha Manga Award em 2012 por Those Snow White Notes.

Ela também foi reconhecida com o Excellence Award no Japan Media Arts Festival pelo mesmo trabalho.

Além de suas histórias envolventes e emocionalmente ricas, Marimo Ragawa é admirada por sua habilidade em retratar emoções complexas e criar personagens cativantes.

Ela também compartilha tutoriais e insights sobre seu processo criativo, inspirando e educando fãs e aspirantes a artistas ao redor do mundo.

Crowdfunding:

Crowdfunding, ou financiamento coletivo, é uma forma de arrecadar recursos financeiros para projetos, ideias ou causas por meio da colaboração de várias pessoas.

Funciona como uma “vaquinha virtual”, onde indivíduos interessados contribuem com valores variados para ajudar a concretizar um objetivo específico.

Essa prática é geralmente realizada em plataformas online, que conectam os criadores do projeto aos apoiadores.

Em troca das contribuições, os apoiadores podem receber recompensas, como produtos exclusivos, agradecimentos personalizados ou até mesmo participação no projeto, dependendo do tipo de campanha.

O crowdfunding é amplamente utilizado em diversas áreas, como artes, tecnologia, empreendedorismo, causas sociais e até mesmo para financiar startups.

Ele permite que ideias inovadoras ganhem vida sem depender exclusivamente de grandes investidores ou instituições financeiras.



O Projeto Magilumiere:

É uma obra de mangá japonesa criada por Sekka Iwata (roteiro) e Yu Aoki (arte).

Publicada originalmente na plataforma Shounen Jump+ em outubro de 2021, a história se passa em um mundo onde criaturas perigosas, conhecidas como “Kaii”, são combatidas por garotas mágicas.

Essas garotas mágicas não são apenas heroínas, mas também profissionais que trabalham em empresas especializadas nesse tipo de serviço.

A trama acompanha Kana Sakuragi, uma recém-formada que enfrenta dificuldades para encontrar emprego.

Durante uma entrevista, ela se depara com um ataque de Kaii e conhece Hitomi Koshigaya, uma garota mágica que a recruta para a startup Magilumiere.

A história explora a dinâmica de trabalho, os desafios e as peculiaridades dessa empresa, enquanto Kana descobre seu lugar nesse universo único.

Feira MangaNEXT:

A Feira MangaNEXT foi uma convenção dedicada exclusivamente ao mangá japonês, realizada nos Estados Unidos entre 2006 e 2012.

Organizada pela Universal Animation, Inc., a mesma responsável pela AnimeNEXT, a MangaNEXT se destacava por seu foco exclusivo em mangás e doujinshi, diferentemente de outras convenções que abrangem também animes e cultura pop em geral.

O evento oferecia uma programação variada, incluindo um espaço para artistas independentes, uma biblioteca de mangás expandida, painéis temáticos e um espaço para troca de itens relacionados ao mangá.

Além disso, havia uma sala de vídeo e eventos para cosplayers, embora não incluísse competições de mascarados, como é comum em outras convenções.

A MangaNEXT foi realizada em diferentes locais em Nova Jersey, como o Crowne Plaza Meadowlands e o Doubletree Somerset Hotel, e atraiu fãs de mangá de todo o país.

Apesar de seu sucesso inicial, a convenção foi descontinuada em favor da AnimeNEXT, que passou a incorporar elementos do evento.


Onde posso encontrar mais obras de mulheres mangakas no Brasil?

  • Editoras como Panini, JBC e NewPop têm publicado diversos títulos de mulheres mangakas no Brasil, abrangendo estilos variados como shoujo, shounen e até gêneros mais alternativos.
  • Entre os mangás de destaque estão obras de autoras renomadas como Naoko Takeuchi (Sailor Moon) e Hiromu Arakawa (Fullmetal Alchemist). E o grupo CLAMP (Cardcaptor Sakura, Chobits, Magic Knight Rayearth), cujas histórias conquistaram fãs ao redor do mundo.
  • Além disso, eventos como a CCXP (Comic Con Experience) e feiras independentes são ótimas oportunidades para descobrir novos talentos e adquirir mangás diretamente de editoras ou artistas independentes. 
  • Plataformas digitais como Social Comics e Tapastic também oferecem acesso a trabalhos de mangakás brasileiras que produzem conteúdo original e inovador. 

Referências:

  1. 25 Great Series Written By A Female Mangaka – Game Rant, acessado em 3 de abril de 2025.
  1. What percentage of mangakas are females: r/manga – Reddit, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. Year 24 Group – Wikipedia, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. The Magnificent, Revolutionary Year 24 Group – Hakutaku, acessado em 3 de abril de 2025.
  1. A Short History of Manga – Artsper Magazine, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. Women Who Changed Free Expression Special: 24 Nengumi, acessado em abril de 2025. 
  1. Keiko Takemiya – Wikipedia, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. Kaze to Ki no Uta – Wikipedia, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. Takemiya Keiko 50th Anniversary Exhibition “Kaleidoscope” – 京都国際マンガミュージアム, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. TAKEMIYA Keiko | Manga artist | Profile | Japan Traffic Culture Association, acessado em 3 de abril de 2025.
  1. The Ethereal Worlds of Keiko Takemiya – Hakutaku, acessado em 3 de abril de 2025
  1. Moto Hagio – Wikipedia, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. A Deep Dive Into the Shojo Renaissance – Crunchyroll News, acessado em 3 de abril de 2025.
  1. Moto Hagio Wins The Asahi Prize for Her Contributions to the Art of Manga – Crunchyroll, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. What Happened in Shōjo Manga in the 1970s? – Google Arts & Culture, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. Riyoko Ikeda – Wikipedia, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. Riyoko Ikeda | 不朽の名作を不朽のジュエリー絵画に。 家代々の宝物, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. Machiko Satonaka – Wikipedia, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. Yumiko Ōshima – Wikipedia, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. Ryoko Yamagishi – Wikipedia, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. The Couple in the White Room – Radical Dreamer – Pastel Goth, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. Rumiko Takahashi – Wikipedia, acessado em 3 de abril de 2025.
  1. en.wikipedia.org, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. Who are the most popular female mangaka in Japan? : r/AskAJapanese – Reddit, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. 20 Best Female Manga Artists You Need to Know – Japan Objects, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. VIZ Media Announces English Release for The Art of Rumiko Takahashi: Colors 1978-2024 Collection – Anime Corner, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. Hiromu Arakawa – Wikipedia, acessado em abril 3, 2025. 
  1. Fullmetal Alchemist Creator's Latest Series Rockets in Sales (With No Anime in Sight), acessado em abril 3, 2025. 
  1. Daemons of the Shadow Realm – Wikipedia, acessado em abril 3, 2025. 
  1. Hiromu Arakawa Art Works : Fullmetal Alchemist – Japanese Creative Bookstore, acessado em abril 3, 2025. 
  1. CLAMP's xxxHolic Sequel To Return After Eight Years – Game Rant, acessado em abril 3, 2025. 
  1. Manga xxxHOLiC: Return Resumes Serialization in April—Latest Installment of the Beloved Series, accessed on April 3, 2025. 
  1. It Took Nearly 10 Years, But xxxHOLIC Is Gearing Up For a Comeback, accessed on April 3, 2025. 
  1. Jun Mochizuki – Wikipedia, accessed on April 3, 2025. 
  1. The Case Study of Vanitas – Wikipedia, accessed on April 3, 2025.
  1. Matsuri Hino: books, biography, latest update—Amazon.com, accessed on April 3, 2025.
  1. “Vampire Knight: Memories” Manga Ends in 2025 – NamiComi, acessado em abril 3, 2025. 
  1. News: Vampire Knight: Memories Manga Ends in 11th Volume, accessed on April 3, 2025. 
  1. When mangaka/anime creators claim they “suck at writing” women”—Reddit, accessed on April 3, 2025. 
  1. Mangaka's gender : r/manga – Reddit, accessed on April 3, 2025. 
  1. Manga Market Size, Share & Growth | Industry Report, 2030 – Grand View Research, acessado em abril 3, 2025. 
  1. Yuri Isn't Made for Men: An Analysis of the Demographics of Yuri Mangaka and Fans, acessado em 3 de abril de 2025. 
  1. Celsys Opens International Comic/Manga School Contest for Students Worldwide Students get a chance at publication with sponsor publishers. acessado em abril 3, 2025.
  1. Celsys Opens International Comic/Manga School Contest 2023 for Students Worldwide Students get a chance at publication with sponsor publishers. acessado em abril 3, 2025.
  1. She did it her way, and now she's a manga artist! Interview with Ao, author of “Otto no jijō tsuma no” pixivision, acessado em abril 3, 2025.
  1. Interviews with popular creators – pixivision, acessado em abril 3, 2025. 
  1. Being a manga artist was my calling – Interview with Kabi Nagata – pixivision, acessado em abril 3, 2025.
  1. Brazilian mangaka Marina de Melo do Nascimento broke the internet and the rules to make her way to Japan – Anime Feminist, acessado em abril 3, 2025. 
  1. LADY-BIRD BEGINS! by Fair Square Comics LLC – Kickstarter, acessado em abril 3, 2025.

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O Legado Duradouro e o Futuro Promissor das Mulheres Mangakas 

A história da indústria do mangá é intrinsecamente ligada à contribuição das mulheres. Desde as pioneiras do Grupo do Ano 24, que revolucionaram o gênero shoujo, até as superestrelas contemporâneas como Rumiko Takahashi e Hiromu Arakawa, as mulheres não apenas participaram da evolução do mangá, mas também desempenharam um papel fundamental em moldar sua narrativa, estética e alcance global. 

A ascensão das plataformas digitais abriu novas oportunidades para artistas independentes, e o crescente interesse no Brasil demonstra o alcance e o impacto duradouro do trabalho dessas criadoras. 

A pergunta final permanece: vamos continuar a consumir mangás sem questionar as histórias e as perspectivas de quem está por trás de cada traço?

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Dênis Cavalcante

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