Saudações, peregrinos do abismo digital! Hoje, vamos caminhar juntos por um vale de lágrimas e controles quebrados. Os piores jogos de animes um lugar onde as maiores obras da cultura pop asiática vão para morrer: o purgatório das adaptações de animes para games. Como um nerd veterano de incontáveis batalhas contra o hype, eu afirmo: poucas coisas são tão consistentemente desoladoras quanto os piores jogos de animes. E o problema, meus caros, não é superficial. É uma praga endêmica, uma “Maldição do Controle” que arranca a alma da obra original e a sacrifica no altar do desenvolvimento apressado e da ganância corporativa.
Este artigo não é uma lista, é uma autópsia. Vamos dissecar o “como” e o “porquê” esses games falham em traduzir a experiência que nos fez amá-los. O nosso bisturi analítico vai cortar fundo para entender por que a genialidade tática, o horror psicológico e a jornada emocional que veneramos se transformam em algo tão vazio e repetitivo.
Sinopse: A Tese da Alma e da Mecânica
Minha análise parte de um princípio sagrado: uma boa adaptação não recria a história, ela traduz o sentimento. A fidelidade não está no visual, mas na mecânica. Argumento que os piores jogos de animes cometem o mesmo pecado capital: eles escolhem um gênero de jogo conveniente (musou, arena fighter) e forçam a obra a caber nele, em vez de construir uma jogabilidade que nasça da alma da própria obra. E eu vou provar.
O Farol na Escuridão: Por que Dragon Ball FighterZ é o Exemplo a Ser Seguido
Antes de mergulharmos no esgoto, precisamos de um farol. Um padrão ouro que ilumine o caminho do que é possível. E, na minha humilde opinião de fã, esse padrão é Dragon Ball FighterZ. A Arc System Works não fez apenas um jogo de luta; eles forjaram uma carta de amor à obra de Akira Toriyama, mostrando respeito em cada pixel.
A opinião deste Nerd que sou:
A genialidade de FighterZ está na sua obsessão pelos detalhes que importam. Cada animação, cada golpe, cada “Dramatic Finish” é uma recriação 1:1 de um painel icônico do mangá. Mas a magia vai além. A mecânica do jogo – o caos controlado do 3v3, a velocidade vertiginosa, a satisfação de emendar combos aéreos – traduz a sensação de assistir a uma luta de Dragon Ball Z. O jogo sente como a obra original, e é por isso que ele é o exemplo perfeito de como quebrar a maldição. Guardem essa sensação.
A Galeria da Decepção: Os Piores Jogos de Animes Sob a Maldição do Controle
Agora, ao trabalho sujo. Cada um desses títulos tinha a centelha do potencial, mas ela foi apagada pela mediocridade.
1. Berserk and the Band of the Hawk
O paciente zero da nossa análise. A Koei Tecmo olhou para a jornada de trauma, dor e sobrevivência de Guts e concluiu: “Isso é um Musou, tipo Dynasty Warriors!”. O resultado é um jogo onde você, no papel do homem que desafia o próprio destino, aniquila hordas de inimigos inúteis com um único golpe. Uma afronta. O Berserk and the Band of the Hawk review dos fãs ecoa essa frustração.
A opinião deste Nerd que sou:
Vamos ser brutalmente honestos: a alma de Berserk não é ser um exército de um homem só. É a luta suja, desesperada e agonizante contra um único Apóstolo, onde cada movimento pode ser o último. É o peso da espada, a resistência da carne demoníaca. O jogo transforma o horror corporal em um power fantasy descerebrado. A FromSoftware, com Dark Souls e Elden Ring, já nos mostrou como um combate pesado, metódico e punitivo pode capturar a essência da fantasia sombria. Band of the Hawk ignorou essa lição, resultando em um dos piores jogos de animes para quem entende a obra de Miura.
2. Jujutsu Kaisen Cursed Clash
A decepção mais recente e, talvez, a mais dolorosa. Jujutsu Kaisen é um xadrez de habilidades amaldiçoadas. A vitória vem da inteligência. Expansões de Domínio são eventos que reescrevem a realidade. O jogo? Um “arena fighter” 2v2 caótico e sem profundidade. A pergunta que todos fazem – Jujutsu Kaisen Cursed Clash vale a pena? – tem uma resposta tristemente óbvia.
A opinião deste Nerd que sou:
Reduzir as brilhantes Técnicas Amaldiçoadas a “botões de especial” com cooldown é um crime. Tecnicamente, a jogabilidade é “flutuante”, os personagens não têm peso, e o input lag (o atraso entre apertar um botão e a ação acontecer) quebra qualquer fantasia de ser um feiticeiro poderoso. Não há espaço para a estratégia que define a obra. É um produto apressado, feito para surfar no hype, e um dos mais claros exemplos de jogos de animes ruins da geração atual.
3. Tokyo Ghoul: re Call to Exist
Tokyo Ghoul é um thriller de horror psicológico sobre identidade e monstruosidade interna. A jornada de Kaneki Ken é marcada pela dor. O jogo joga tudo isso no lixo para ser um game de ação cooperativo contra ondas de inimigos genéricos.
A opinião deste Nerd que sou:
A tragédia aqui é o quão completamente o jogo ignora o coração da sua própria história. A jogabilidade é repetitiva, as missões são desinspiradas e a inteligência artificial dos inimigos é inexistente. A Tokyo Ghoul re Call to Exist crítica é unânime: é um jogo que veste a pele de Tokyo Ghoul, mas não tem sua alma. Uma adaptação focada em stealth e dilemas morais seria infinitamente mais corajosa.
4. Made in Abyss: Binary Star Falling into Darkness
Aqui, a ambição era alta, mas a execução foi um desastre. O jogo tenta simular a brutalidade do Abismo, mas confunde dificuldade com frustração através de mecânicas irritantes, como a durabilidade de armas que se quebram com um sopro e um sistema de peso que pune a exploração.
A opinião deste Nerd que sou:
O jogo falha em entender o equilíbrio que torna Made in Abyss genial: a beleza estonteante misturada ao horror corporal absoluto. No game, a exploração não é recompensadora, é uma punição. Você não teme os monstros, você teme a interface e o game design que parece lutar contra você. A atmosfera opressiva da obra foi trocada por uma jogabilidade opressiva.
5. Attack on Titan 2: Final Battle
Sendo justo, este é o melhor dos piores jogos de animes da nossa lista. Voar com o DMT é divertido. O problema? A alma de Attack on Titan evoluiu, e o jogo não.
A opinião deste Nerd que sou:
O game é mecanicamente competente em replicar a ação das primeiras temporadas. Contudo, ele é narrativamente atrofiado. Attack on Titan se transformou em um thriller político complexo sobre guerra e ciclos de ódio. O jogo não tem a menor capacidade de adaptar a paranóia e a ambiguidade moral dos arcos finais, ficando preso em um loop de “voe e corte a nuca”.
6. Sword of the Berserk: Guts' Rage
Um clássico do Dreamcast que merece respeito pela ambição, mas que, em retrospecto, é um exemplo das limitações tecnológicas aprisionando a alma de uma obra.
A opinião deste Nerd que sou:
Guts' Rage foi um vislumbre. Um fragmento. Ele nos deu um capítulo da jornada de Guts, mas Berserk é uma epopeia. Um jogo de ação linear, por mais bem-intencionado que fosse, só conseguia arranhar a superfície. Ele capturou um momento, mas não a magnitude da tragédia e do mundo vasto de Kentaro Miura.
7. Goblin Slayer -Another Adventurer- Nightmare Feast
No papel, um RPG tático para Goblin Slayer faz sentido. O problema é que o gênero, por sua natureza, abstrai e higieniza justamente o que torna a obra impactante: a violência visceral e o pânico claustrofóbico.
A opinião deste Nerd que sou:
A alma de Goblin Slayer não está no planejamento, mas na execução brutal dele. Está na sujeira e no sangue. Um sistema de turnos em uma grade corre o risco de transformar o horror de proximidade em um exercício matemático, removendo a urgência e a brutalidade que definem a série.
8. Claymore: Gingan no Majo
Lançado para Nintendo DS, este é o caso clássico de uma grande obra aprisionada em um hardware pequeno. A essência de Claymore é a elegância feroz, a velocidade sobrenatural e o design grotesco dos Yoma.
A opinião deste Nerd que sou:
Um jogo 2D de rolagem lateral em um console portátil jamais conseguiria replicar a escala e o impacto visual das lutas de Claymore. Faltou capacidade técnica para mostrar a fluidez e a ferocidade que definem o mangá. Foi uma tentativa corajosa, mas fundamentalmente limitada.
9. Fullmetal Alchemist Mobile
Este dói na alma. Fullmetal Alchemist é reverenciado por ter uma das narrativas mais perfeitas e bem fechadas da história. O modelo de jogo “gacha” é o exato oposto disso.
A opinião deste Nerd que sou:
Um jogo como serviço (gacha) é a antítese de FMA. Ele fragmenta uma história coesa, transforma personagens em unidades de um caça-níquel e substitui o progresso narrativo por um ciclo infinito de grinding e monetização predatória. Sem dúvida, um dos piores jogos de animes em filosofia de design.
10. Jump Force
A “Maldição do Controle” em escala macro. O jogo pega personagens de universos ricos e os joga em um liquidificador sem alma com um visual “realista” bizarro.
A opinião deste Nerd que sou:
A alma desses universos está em seus sistemas de poder únicos (Reiatsu, Nen, etc.). Jump Force ignora tudo isso e homogeneíza todos sob um sistema de luta genérico. É o espetáculo vazio triunfando sobre a substância, uma celebração da mediocridade.
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Guia Nerd: Perguntas Frequentes sobre os Piores Jogos de Animes
Tirei um tempo para responder, na minha humilde opinião de especialista, as perguntas que sempre aparecem nesse assunto doloroso.
Por que tantos jogos de animes são ruins?
Sendo direto? Dinheiro rápido. Muitos desses jogos são feitos com orçamentos apertados e prazos curtos para capitalizar no pico de popularidade de um anime. Isso leva a escolhas de gêneros “seguros” e baratos de produzir. O foco é o lucro imediato, não a criação de um legado. É por isso que temos tantos jogos de animes ruins.
Existem boas adaptações de animes de fantasia sombria para jogos?
São raríssimas. O mais perto que chegamos de algo que “entende” o gênero são jogos inspirados por animes, como a série Souls (fortemente inspirada por Berserk). Uma adaptação direta e de alta qualidade continua sendo uma espécie de Santo Graal que nós, fãs, ainda estamos esperando.
O que torna uma adaptação de jogo “fiel” à alma do anime?
Não é sobre recriar a história 1:1. É sobre traduzir a sensação principal da obra para uma mecânica de jogo. Para Berserk, é o peso do combate. Para Jujutsu Kaisen, a criatividade tática. Fidelidade de alma é quando a ação de “jogar” te provoca a mesma emoção que “ler” ou “assistir”.
Vale a pena jogar Berserk and the Band of the Hawk se sou fã do mangá?
Se você quer apenas um fanservice superficial, talvez. Mas se você busca um jogo que te faça sentir o desespero de Guts, você ficará profundamente decepcionado. A análise de jogos de animes como este precisa ser clara: ele entende a imagem, mas não o sentimento.
Jujutsu Kaisen Cursed Clash é o pior jogo de anime recente?
“Pior” é subjetivo, mas ele é certamente o mais decepcionante. O potencial era gigantesco. O resultado foi um jogo superficial, com pouco conteúdo e uma jogabilidade falha, representando uma oportunidade perdida colossal.
Referências:
Para construir esta análise, consultei fontes oficiais e a crítica especializada, seguindo o rigor que o tema exige.
- ARC SYSTEM WORKS. DRAGON BALL FighterZ. Acesso em: 17 set. 2025.
- BANDAI NAMCO ENTERTAINMENT. JUJUTSU KAISEN CURSED CLASH. Acesso em: 17 set. 2025.
- IGN. Berserk and the Band of the Hawk Review. Acesso em: 17 set. 2025.
- KOTAKU. Jump Force: The Kotaku Review. Acesso em: 17 set. 2025.
- METACRITIC. DRAGON BALL FighterZ for PlayStation 4 Reviews. Acesso em: 17 set. 2025.
- SQUARE ENIX. FULLMETAL ALCHEMIST MOBILE. Acesso em: 17 set. 2025.
- SPIKE CHUNSOFT. Made in Abyss: Binary Star Falling into Darkness. Acesso em: 17 set. 2025.
- GEMATSU. Goblin Slayer -Another Adventurer- Nightmare Feast reviews trailer. Acesso em: 17 set. 2025.
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